Um pequeno corte
Uma incisão profunda
Jorrando em frases
O mais puro sangue
Ainda quente

De tudo aquilo que de tão vivo
Deve ser diluído um pouco em morte
Palavras somadas que desenham
Todo um roteiro
Daquilo que sinto agora

Tinteiro de Sangue é um pouco de meus cortes
Que podem emaranhar-se
ao sangrar de outras agonias

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Zzzz, zzzzz, zzzzzz
Alguém tira esse besouro daqui!

Amanhecer o dia
sozinha
Devaneio é bom
O gosto
ausente

A insônia e a lembrança
E me toco por você
Esquizofrênica para ter
A tua performance
No meu palco

Teus lábios molhados
Minhas partes quentes
A busca incessante por cantoria
Tua tão única melodia
Seria tormenta e euforia...

Zzzzz, zzzzzz, zzzzz

Bicos
Gemidos
Gargalhadas
Gargantas secas
Tudo molhado
Desejo teu beijo
Amargo, melado
O baile dos músculos
O percorrer do sangue

Eu, descomedida
Prostrada em ti minha loucura insensata
Só alma
Sem calma

Zzzzz, zzzzzz, zzzzz

Eles voam
Sobrevoam
Por que não pousam?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sempre me pergunto o que prefiro...

marcas ou cicatrizes?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Querer você
Para o meu bel prazer
Acho também
Que você ia gostar
Tirar a capa
Mostrar a alma
Sem nenhuma pausa

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Se não posso com você falar de sonhos
Não tem sentido dividir contigo as minhas horas desperta

O sexo só tem graça se tiver beijo
Quando toma a forma rasa
Não passa de uma ferida a mais
Não passa sem causar dano
Já não me cabe mais um silício
Vai-te embora que não quero nem o rastro
Do seu cheiro na minha cama
Voltei a ser princesa
A roupa rasgada de devassa
já não me cabe mais
Desejo um carinho na barriga
E um sussurro na orelha
Quero minhas mãos dadas
E um café da manhã a dois
 
Devassas são as formas
De se enganar o que se sente
Ludibriar emoções
Não pensar....
Agarrar-se a qualquer migalha
Um resto de noite
Um quase nada
Que da mesma forma efêmera em que veio
Passa
E vai levando
Mais um grande pedaço meu.